O mérito não pode ir só para a equipa técnica e médica. Muito se deve, também, à aposta no 4x3x3 com Axel Witsel a desempenhar o papel de box-to-box. O ano passado, usando o 4x1x3x2 com Salvio e Nico Gaitán nos dois corredores laterais, Pablo Aimar tinha que descer várias vezes no terreno de modo a não descompensar Javi Garcia nas tarefas defensivas. Pode-se dizer que apesar da base táctica ser o 4x1x3x2, o esquema do Benfica da temporada transacta acabava por se transformar muitas vezes num 4x4x2 clássico, com El Mago a ajudar bastante Javi, a vir buscar jogo atrás e começar a construção das jogadas da equipa. Com a presença de Witsel no meio-campo é normal que o ‘10’ argentino aguente um encontro inteiro, pois Aimar tem mais liberdade para actuar no zona onde realmente faz a diferença. O belga é um elo de ligação entre Aimar e Javi, sendo fundamental no 4x3x3 que Jorge Jesus tem apostado. Os adeptos Benfiquistas e mesmo Jesus agradecem. Com o médio argentino em campo, o perfume do futebol praticado pelo Benfica é outro.