A razão não guia a paixão
Posted on terça-feira, setembro 04, 2012 by Pedro Peralta
A razão não guia a paixão. Lembram-se dum sonho
que tive no dia 4 de Abril? Alguns devem-se lembrar. Confesso que foi a
primeira coisa que me surgiu à cabeça quando vi o Barcelona no grupo da
Liga dos Campeões. Eu sou um apaixonado do Benfica. Vê-lo jogar faz-me
estremecer. Não interessa quem está a coordenar, quem está a jogar ou
quem está a presidir. Vejo aquelas camisolas e a irracionalidade
apaixonada consome-me. Mas também sou um apaixonado do futebol. Vejo
mais jogos que devia, abdico de coisas para poder apreciar esta arte tão
bela. Poderei conjugar ambos. A paixão de ver as camisolas vermelhas
enfrentarem o futebol ao mais alto nível. Ver o grande Pablo, o grande
Maxi, o grande Salvio (estou a arriscar em dizer nomes, eu sei) frente a
frente com esses monstros. Iniesta, Xavi, Messi, Cesc, Alexis... Fecho
os olhos e já consigo sentir um ligeiro aroma do prazer que
proporcionará.
Não estou a ser trágico, nem quero. Mas o futebol começa-me a desiludir duma forma séria.
É impossível estar feliz com os acontecimentos do meu clube. Já vivi tempos mais mediocres, bem sei. Bastante mais. Mas quando se chega a um ponto e se dá um bom par de passos atrás, é por vezes pior que estar no fundo e só dar uns passitos em frente. É uma questão de gestão de expectativas, que afecta todo o ser humano que detém algum tipo de sentimento no referente. Como pode um adepto estar feliz depois de ver uma posição outrora perdida, consolidada e posteriormente ver o clube um tiro, dois tiros, cinco tiros... um cartucho directo ao pé? Tal como todo o sentimento, é passageiro. É algo que o tempo irá alterar, para melhor ou pior.
Da mesma forma entristece-me ver o "futebol". Não a bola a rolar, mas tudo o que acontece até que isso aconteça. A ambição existe e existirá. O foco é que mudou. O futebol, a carreira... já nada interessa. A diferença não é entre uma taça e um segundo lugar. A diferença é agora entre 10 mil ou 1 milhão. É arte que se perde. São "quadros valiosos" que serão expostos em minas profundas, porque os mineiros têm dinheiro para as comprar. Acham mesmo que a fama e o reconhecimento serão os mesmos em oposição a um museu de renome? É arte que se perde.
É nestes momentos que fecho os olhos e recordo: vou ver o meu clube frente a alguns dos meus ídolos na modalidade. Alguns daqueles que me fazem sentar o cu no sofá e apenas ficar a olhar para o seu futebol. Impávido e sereno. Amigos, disfrutem de tudo o que o futebol ainda nos dá. Apenas isso, disfrutem. Nesses momentos, desliguem a razão, a inteligência. Nesses momentos, um burro é o mais feliz. Ah, como gosto de ser burro.
Não estou a ser trágico, nem quero. Mas o futebol começa-me a desiludir duma forma séria.
É impossível estar feliz com os acontecimentos do meu clube. Já vivi tempos mais mediocres, bem sei. Bastante mais. Mas quando se chega a um ponto e se dá um bom par de passos atrás, é por vezes pior que estar no fundo e só dar uns passitos em frente. É uma questão de gestão de expectativas, que afecta todo o ser humano que detém algum tipo de sentimento no referente. Como pode um adepto estar feliz depois de ver uma posição outrora perdida, consolidada e posteriormente ver o clube um tiro, dois tiros, cinco tiros... um cartucho directo ao pé? Tal como todo o sentimento, é passageiro. É algo que o tempo irá alterar, para melhor ou pior.
Da mesma forma entristece-me ver o "futebol". Não a bola a rolar, mas tudo o que acontece até que isso aconteça. A ambição existe e existirá. O foco é que mudou. O futebol, a carreira... já nada interessa. A diferença não é entre uma taça e um segundo lugar. A diferença é agora entre 10 mil ou 1 milhão. É arte que se perde. São "quadros valiosos" que serão expostos em minas profundas, porque os mineiros têm dinheiro para as comprar. Acham mesmo que a fama e o reconhecimento serão os mesmos em oposição a um museu de renome? É arte que se perde.
É nestes momentos que fecho os olhos e recordo: vou ver o meu clube frente a alguns dos meus ídolos na modalidade. Alguns daqueles que me fazem sentar o cu no sofá e apenas ficar a olhar para o seu futebol. Impávido e sereno. Amigos, disfrutem de tudo o que o futebol ainda nos dá. Apenas isso, disfrutem. Nesses momentos, desliguem a razão, a inteligência. Nesses momentos, um burro é o mais feliz. Ah, como gosto de ser burro.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 Response to "A razão não guia a paixão"
É isso mesmo, desfrutar ao máximo... e as apostas online podem começar !
Leave A Reply